sábado, 9 de julho de 2011

Através do espelho

Era uma vez uma menina que queria fugir do mundo, sonhava em atravessar o espelho como a Alice e ir para um lugar encantado. Sonhava tanto que começou a escrever. Escreveu fantásticas aventuras e quando escrevia viajava para mundos incríveis, nas asas de pássaros gigantes e de dragões.
Mas o tempo passou e as aventuras se perderam entre outros papeis menos importantes, e ela parou de sonhar, chorava em seu mundo sombrio, muito sombrio por ser de verdade, sem cores nem perfumes, apenas um dia após o outro com uma noite longa e cheia de pesadelos no meio. Não sonhava mais, não mais imaginava terras distantes e seres encantados.
Ate que não havia mais nada há perder, ate que todos os sonhos, todos os planos haviam sido destruídos.
Foi quando a noite escura da alma ficou mais assustadora, parecia não haver mais esperança.
Quando tudo se perdeu é que houve um novo começo, afinal, do fundo do posso só existe saída pra cima.
E ela voltou a sonhar, quando um pequeno sol nasceu em sua vida, trazendo a felicidade de um geito que ela nunca havia conhecido. E foi vendo seu pequeno solzinho crescer que ela desejou voltar a escrever, voltar a criar mundos distantes, mas agora para da-los como presente ao seu sol.
E essa menina sou eu, e meu sol é minha filha, pra quem voltarei a escrever. E, é claro, pra quem mais quiser ler.




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