segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Carta da uma prisioneira de si mesma

A cidade gira ao meu redor
Na minha cabeça
Os pensamentos giram também
Vertiginosamente
Quero fazer alguma coisa
Tomar uma atitude
Sinto-me acorrentada
Estou acorrentada
Mas minhas correntes não são físicas
Correntes etéreas me prendem
E não tenho forças para rompe-las
Só é preciso desejar
E pagar o preço
Pelo desejo
Mas não tenho forças
E cada vez que tento
Cada vez que penso
Em quebrá-las
Mas volto atrás
Elas se tornam mais fortes
Porque volto atrás
Talvez por medo
Mas não importa mais
Abandonei minha vida
Perdi minha alma
E a escolha foi minha
Quem dera tivesse vivido
Agora talvez
Seja tarde demais
Ou não...

2 comentários:

  1. Emocionei-me.
    Obrigada por postar coisas tão belas.

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  2. Como sempre nossas palavras parecem ser tão familiar ... agora foi você que adivinhou o que eu to sentindo !
    (To ficando com medo !

    Belas palavras ...
    mas nunca é tarde pra começar de novo !

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