sexta-feira, 23 de julho de 2010

não sou ninguém

e de tanto ser insignificante
esqueci quem eu era
porque eu era alguma coisa
mesmo as coisas mais insignificantes são
mas eu não lembro mais
e eu agora sou menos que nada
minhas lágrimas não contam
ninguém se da conta delas
afinal todos choram
porque olhariam para mim?
e o tempo nada quer dizer
pois por mais que passe nada muda
e nada vai mudar
ate que eu seja alguém
mas não serei
não existe mais nada para ser
já fingi ser coisas demais
e nunca fui nada de verdade
e agora eu vou esperar
esperar a dor passar
esperar pelo dia
em que eu vou desaparecer

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O rio e a floresta

Talvez você não tenha notado, mas só existem dois tipos de pessoas: os caçadores e os fazendeiros. Um é aquele que viaja, é o nômade, que vive os perigos e conta as histórias; o outro é o sedentário, aquele que fica, que cuida da terra, da casa, da vida. Um é livre como a água do rio que sempre encontra o caminho, o outro, enraizado como o bosque. Um transmite liberdade, o outro segurança. Mas não tente faze-los ser o que não são; se o rio parar de correr ele vira um pântano e morre, se a arvore é arrancada ela seca e morre. Um é sempre indispensável ao outro. O rio leva vida a floresta e a floresta ao rio.
Pessoas já nascem caçadores ou fazendeiros e seus corações sabem o que elas nasceram para ser. Não tente ser algo que você não é, mas abrace o que você é com tudo que você tem.




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